Poema
da esperança
não
quero partir ainda
Pois
ha tanta coisa linda
Inda
pode acontecer
Tanta
coisa a conhecer
Algo
talvez escrever
Muito
mais aprender
Dizer
oque não foi dito
Fazer
oque não foi feito
Elevar
sempre o espirito
Esquecer
a amargura funda
Aquela
guardada no peito
Mesmo
sendo tão profunda
Fazer
do acaso uma aurora
De
azul muito bordada
Quando
então se colhe a rosa
Ainda
de orvalho molhada
Desvendar
todos arcanos
De
meu próprio coração
Descobrir
juventude
Mesmo
após 85 anos
Pois
a vida é uma virtude
Renovada
toda hora
Renascida
a cada instante
Nesse
milagre incessante
De
sublime evolução.
Um
poema escrito por uma mulher (desconhecida) de 85 anos em um asilo. Ainda se
percebe nela, uma mente que não envelheceu. Uma mente sã não envelhece.